terça-feira, 31 de agosto de 2010

(Borboletas)

Borboletas sobrevoavam
as flores e os
campos e os mendigos e
até as belas crianças.

Você me contava sobre coisas
triviais da vida, sobre
fadas e filhos.

E eu não conseguia entender o motivo,
se é que existe um, para
esse amor todo.

Contei-lhe sobre os
meus antigos amores. Lembro-me
bem do seu sorriso fechando,
dos seus olhos apertando,
e você ria e ria e ria.

Contei-lhe sobre o dom que
tinha para afastar
as pessoas de mim, de como eu
poderia fazer as pessoas sofrerem...

E o avião passava por nós,
e as pessoas estavam a
perseguir sombras, e nunca
voltaram.

Você se foi, e nesse exato momento,
olhei para todas as suas coisas que
ainda restaram em meu quarto...

só lembranças.

Os passaros cantam, e sobem.
As flores ficam lindas, e morrem.
E eu amo, e fico só.


E ainda ouço você falando:
Um dia,
eu vou crescer,
vou mudar,
e você sumirá
da minha vida.

E borboletas morrem, morrem e morrem
ao som da minha história.

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